História do design no Brasil: principais personagens

Publicado por Gráfica KWG em

Com certeza você está constantemente buscando se atualizar em relação aos aspectos da sua área. Mas você já se aprofundou sobre as origens que levaram ao cenário onde você está inserido agora? Conhecer a história do design no Brasil, além de essencial, pode ser extremamente enriquecedor.

Somente com esse conhecimento você será capaz de entender as mudanças que ocorreram no setor ao longo do tempo, e assim projetar e prever o que te aguarda no futuro.

Confira agora mesmo uma síntese do surgimento do design brasileiro, o processo de evolução dessa área e, claro, os principais pontos que a configuram atualmente. Ao fim deste post também vamos desvendar quais são as tendências em design para os próximos anos. Fique ligado a seguir!

Como o design surgiu no Brasil?

Você já ouvir falar sobre Aloísio Magalhães? Ele foi um dos pioneiros na história do design no Brasil. Nascido em Recife no ano de 1927, se tornou um dos principais criadores nacionais de identidade visual. Quem diria que um dia já foi difícil encontrar um profissional que fizesse esse trabalho, hein?

história do design no Brasil

Aloísio Magalhães

Aloísio se destacava tanto que, a partir dos anos 1960, chegou a desenvolver mais de 170 marcas de grandes empresas e eventos nacionais. Dentre esses,  destaca-se a TV Globo, a Petrobrás e a Bienal de São Paulo, por exemplo.

O artista também ficou conhecido por sua atuação na política cultural. Algumas de suas iniciativas e cargos foram:

  • garantia de reconhecimento do design como patrimônio intelectual da humanidade;

  • auxílio na fundação da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI);

  • fundação do Centro Nacional de Referência Cultural (CNRC);

  • direção do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN);

  • secretaria geral do Ministério da Educação e Cultura (MEC).

A atuação de Aloísio foi tão marcante ao longo dos anos que, em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso decretou o dia do nascimento do designer (5 de novembro), como o Dia Nacional do Design. 

Vale a pena lembrar também que um pouco antes desses ocorridos, a arquiteta e antropóloga Lina Bo Bardi também havia feito contribuições importantes para o crescimento do design no Brasil. Ela nasceu em 1914 na cidade de Roma, na Itália. Veio para o país por volta de 1946, e desenvolveu grande interesse pela cultura brasileira.

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Lina Bo Bardi na criação do MASP

Lina possuía um estilo de criação bastante conceitual e constante e, por essa razão, não se encaixava em nenhum padrão artístico. Usava métodos de experimentação de maneira subversiva com o objetivo de influenciar as pessoas por meio da sua obra.

Seu processo criativo incluía materiais não muito utilizados por designers atualmente, como aquarelas, desenhos, cadernos de anotações, além de móveis e peças gráficas.

Algumas das grandes obras da arquiteta se encontram em São Paulo, como o Museu de Artes de São Paulo (MASP), o Sesc Pompéia, o Teatro Oficina e A Casa de Vidro. Você pode notar que ela é um exemplo de profissional plural de design, uma vez que atuou também como:

  • designer;

  • cenógrafa;

  • ilustradora;

  • editora de revistas;

  • curadora de museus e exposições;

  • estilista.

Lina faleceu em 1992 e, infelizmente, seu sentimento pelo Brasil não foi correspondido em vida. Enfrentou dificuldades tanto por conta de seu gênero, quanto por ser estrangeira, mas não sem deixar pelo menos dez obras construídas como legado.

Hoje é tida como um dos maiores nomes da arquitetura do século XX a nível mundial. Suas obras e história são parte de diversas exposições e estudos.

Por que a área evoluiu ao longo dos anos?

Várias das iniciativas que você conferiu no tópico anterior contribuíram para que o design ganhasse cada vez mais credibilidade no Brasil. Sabe por que? A área passou a ser um grande interesse das indústrias por volta dos anos 1970 e 1980. Além disso, passou a integrar um novo setor nos processos produtivos.

Nessa época, começaram a surgir projetos de regulamentação da profissão, bem como associações de designers. Porém, a validação da profissão de designer se consolidou em 1995 com a criação do Programa Brasileiro do Design (PBD).

Além de esses profissionais passarem a fazer parte dos escritórios e departamentos internos das indústrias — assim como você em agências hoje em dia — organizavam eventos que discutiam os fundamentos e rumos da sua atuação.

A área de criação estreitou suas relações com os processos produtivos e o desenho industrial tornou-se parte importante dessa união, buscando unir a estética e a funcionalidade.

Além disso, pode-se dizer que a história do design brasileiro evoluiu a partir do movimento literário e artístico modernista e, posteriormente, do tropicalismo, dos quais nomes conhecidos no cenário brasileiro fizeram parte. São os casos de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Hélio Oiticica, Chico Science, Rogério Duarte.

A área de design continuou se fortalecendo ainda mais graças às evoluções tecnológicas e o crescimento da internet na America Latina. Isso ocorreu por volta de uma época que você já deve se lembrar com clareza: os anos 2000.

De que forma o design é visto nos dias atuais?

Você já percebeu que o design brasileiro não é constituído por características específicas marcantes? É possível que esse cenário tenha sido gerado pelo fato de o país ser grande e possuir uma cultura extremamente diversificada. A personalidade de um design próprio ainda está sendo construída.

De qualquer forma, essa realidade não impediu o crescente interesse de jovens profissionais pela área. A questão é que, a procura por profissionais qualificados na área também tem aumentado cada vez mais.

Atualmente as relações entre marca e consumidor têm se atualizado, e as soluções têm se tornado cada vez mais personalizadas e tecnológicas. Com isso, as responsabilidades do profissional dessa área tem crescido bastante e influenciado profundamente o futuro da área de atuação.

Quais são as tendências para o futuro?

A Transformação Digital é a principal responsável pelo cenário atual do design, e é ela quem vai ditar as tendências da área. Como designer, você deve se preparar para:

  • dominar os principais softwares de criação;

  • participar de cada vez mais etapas da produção de projetos;

  • trabalhar por meio de uma abordagem mais humanizada em relação ao usuário;

  • focar o processo criativo em soluções úteis para os usuários;

  • desenvolver habilidades de comunicação e trabalho em equipe;

  • aprimorar a capacidade de lidar com a diversidade de profissionais envolvidos em um mesmo projeto;

  • atuar tendo constantemente em vista os objetivos de negócio;

Depois de absorver essa síntese sobre a história do design no Brasil, com certeza você percebeu que, se antes ele era a união da estética e da funcionalidade, hoje ele se tornou algo focado em proporcionar experiências positivas.

Demonstre que está constantemente aprofundando seus conhecimentos e aprimorando sua bagagem, compartilhe esse post em suas redes sociais!


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