O que diz a LGPD e como a sua empresa deve se adequar a ela?
Não importa qual é o segmento de atuação da sua empresa, uma coisa é certa: é fundamental se adequar às novas tendências e responsabilidades no ambiente virtual, certo? Uma das principais mudanças nos últimos anos foi a criação da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, que visa garantir uma maior segurança das informações.
Afinal, após o crescimento exponencial do uso da internet e da tecnologia pela população, as regras do jogo em relação ao uso de certas informações ainda não eram tão claras. Com tantos vazamentos, ataques mal-intencionados e até mesmo a invasão de privacidade por parte das empresas, algumas medidas foram criadas para corrigir essa grave falha.
Por isso, é fundamental que todas as empresas estejam por dentro do assunto, saibam o que vai mudar nos próximos anos e, é claro, o que elas precisam fazer internamente para garantirem a segurança dos dados dos seus clientes. Ficou curioso e quer saber mais sobre a LGPD? Então continue a leitura deste artigo para tirar todas as suas dúvidas!
O que é a LGPD?
Antes de saber como se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados, é fundamental saber, na prática, o que ela significa. A LGPD foi criada para diminuir as falhas e problemas de segurança no armazenamento e processamento de informações e dados coletados dos usuários no ambiente digital, incentivando melhores práticas internas.
Com o crescimento cada vez maior do número de usuários e de empresas utilizando recursos tecnológicos para as suas tarefas no dia a dia — seja para o trabalho, seja para uso pessoal —, se tornou necessário garantir um maior controle sobre tudo o que passa diariamente pelas mãos de uma empresa. Afinal, quem quer o seu endereço de e-mail exposto?
Em alguns casos, porém, informações ainda mais valiosas, como número do cartão de crédito ou endereço residencial, podem ser expostas. Às vezes, por erros internos de armazenamento e outras vezes por ações mal-intencionadas de quem se aproveita de um sistema de segurança falho, por exemplo, o que expõe empresa e consumidores.
O principal objetivo da LGPD é criar um ambiente digital mais seguro para todas as partes envolvidas: as empresas e os usuários. Assim, todos acabam se beneficiando com uma garantia maior de segurança na troca de informações, evitando falhas que possam comprometer o funcionamento de uma empresa ou prejudicar um indivíduo.
A mudança mais sensível é referente ao armazenamento e uso de dados, já que, atualmente, é muito comum que usuários autorizem o uso das suas informações sem serem notificados. Agora, por exemplo, a nova regulamentação exige que as empresas sempre informem todo o processo e só utilizem as informações com uma autorização prévia.
Quais práticas adotar para se adequar à lei?
Mas, na prática, o que você precisa fazer para adequar a sua empresa à LGPD e garantir mais segurança aos dados e informações dos usuários que se relacionam com a sua organização? Para que você fique por dentro dessas mudanças, separamos os principais pontos de atenção a serem implementados. Confira!
Investir em segurança digital
O primeiro passo para se adaptar à LGPD é investir em segurança digital. Ou seja, alocar recursos para se assegurar de que tudo o que passa pelos sistemas da sua empresa está, de fato, seguro. De informações mais simples, como cadastro de e-mail dos clientes, até dados importantes e pessoais, como faturamento ou métodos de pagamento de parceiros e fornecedores: foque em colocar em ação as melhores práticas para garantir maior segurança.
Reavaliar os dados coletados
Ao recolher dados dos usuários na internet, você está se responsabilizando pela sua segurança. Muitas vezes, por exemplo, é comum coletar informações que tem pouca (ou nenhuma) utilidade para o seu negócio. Portanto, reavalie a sua estratégia de coleta de dados e busque apenas os recursos que ajudarão a sua empresa a crescer de alguma forma.
Coletar dados de maneira transparente
Por mais que as regras tenham mudado, não é por isso que você precisa parar de armazenar informações dos usuários. A diferença é que, agora, é preciso ser mais transparente no processo de coleta. O primeiro ponto é comunicar ao visitante nas suas páginas na internet, por exemplo, que você está monitorando e pedindo por autorização. Em seguida, é importante deixar claro as razões para requisitar essa autorização e os benefícios futuros.
Conscientizar sobre a importância dessa lei
Além disso, toda a sua equipe deve ter consciência da importância dessa lei para o bom funcionamento de um negócio. Uma prática que pode ser interessante é realizar eventos internos para explicar melhor o que vai mudar, qual é a nova postura da empresa, a importância da LGPD e, é claro, quais ações cada colaborador precisa alterar em sua rotina de trabalho.
Quando a lei estará em vigor e quais as suas aplicações?
O órgão fiscalizador da aplicação da LGPD, que passa a valer em agosto de 2020, é a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Quem não cumprir as novas regras ou não se adequar aos processos exigidos pela lei será punido. De acordo com o estatuto, as multas aplicadas podem representar até 2% do faturamento de uma empresa.
Além disso, o órgão também tem o direito de suspender — parcial ou totalmente — os bancos de dados dessas empresas. Ou seja, quem armazenou informações indevidamente pode acabar perdendo tudo o que tinha. As punições prometem ser rigorosas justamente para incentivar as organizações a se adaptarem à LGPD.
A LGPD tem como principal objetivo, portanto, regulamentar o armazenamento e a utilização de todas as milhares de informações que passam pelos sistemas de uma empresa e, assim, garantir as melhores práticas de segurança para assegurar que os usuários tenham a sua privacidade respeitada e os seus dados não sejam utilizados em ações indevidas.
Agora que você já sabe o que é e qual a importância da LGPD para qualquer empresa, que tal ficar por dentro de outros assuntos relevantes para o sucesso do seu negócio? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos como este diretamente na caixa de entrada do seu e-mail!