Como utilizar a facilitação gráfica em projetos?
Embora muito confundida com os mapas mentais ou com infográficos, a facilitação gráfica é, na verdade, um processo que traduz de forma visual o que está sendo explicado ou discutido por um grupo de pessoas, utilizando para isso, recursos como ilustrações, ícones, gráficos e pequenos textos.
A facilitação gráfica, normalmente, é feita em tempo real, utilizando um painel, uma lousa, um flip chart, ou, até mesmo, uma folha de papel A3. O facilitador gráfico fica encarregado de ilustrar com desenhos, símbolos, palavras soltas e frases com tipografia criativa dispostos de forma esquematizada, de modo que traduzam, de maneira simples, aquilo que está sendo dito — seja pelos participantes de uma reunião ou por um palestrante, por exemplo.
Existem diversas maneiras de utilizar esse recurso para ajudar a resumir de modo mais compreensível os insights surgidos durante uma conversa ou exposição de um tema. Para entender melhor como tirar proveito da facilitação gráfica em seus projetos, continue lendo e saiba como utilizá-la!
Facilitando a apresentação de ideias
É bem comum haver algum tipo de dificuldade para a apresentação de algumas ideias, principalmente quando são muito inovadoras e exigem muitas explicações para que sejam compreendidas.
Transformá-las em longos textos, ou mesmo tentar expô-las apenas com discurso, pode torná-las incompreensíveis. No entanto, por meio da ajuda da facilitação gráfica, elas não só serão entendidas com mais facilidade, como também serão melhor memorizadas.
Resumindo o conteúdo de reuniões visualmente
Durante as conversas que acontecem em reuniões, a busca por soluções inteligentes é capaz de gerar muitas novas ideias. Não é incomum que o raciocínio de um participante complemente o que foi proposto por outro. Como isso, normalmente, acontece de maneira muito rápida, é possível que boas ideias acabem passando despercebidas.
Ao utilizar a facilitação gráfica para esquematizar o que está sendo discutido, essas soluções se tornam mais claras e, ainda, ficam registradas, evitando que sejam esquecidas ou perdidas.
Acompanhando a evolução e o gerenciamento de projetos
Um projeto, por maior que seja, é composto por diversas pequenas etapas — muitas delas com interdependência uma da outra. Esse relacionamento, às vezes, não fica muito claro, o que acaba fazendo com que o andamento do projeto seja truncado.
Por meio da facilitação gráfica se torna possível mapear essas etapas de modo visual e, assim, perceber como mais facilidade como o projeto está evoluindo.
Apresentando temas em seminários, palestras e workshops
Muitos palestrantes recorrem a recursos visuais, como as apresentações de slides e os vídeos, para complementar a sua exposição de temas. Porém, uma vez prontos, esses materiais não são alterados durante a apresentação. No entanto, a interação com o público que está assistindo pode mudar a dinâmica da apresentação e, até mesmo, gerar novos insights.
Desse modo, o uso da facilitação gráfica pelo palestrante permite a ele que acompanhe o ritmo do grupo que o está assistindo e ilustre o que está sendo dito da forma que tiver maior afinidade com esse grupo de pessoas.
Simplificando informações complexas
Informações complexas, mas que precisam ser compreendidas de forma clara, costumam ser mais trabalhosas para serem expostas, especialmente quando existem nelas muitos pontos de atenção e detalhes que não podem ser deixados de fora.
Nesse caso, a facilitação gráfica ajuda a estruturar essas informações de forma ordenada, fazendo com que sejam absorvidas individualmente, mas vistas como um todo.
Organizando o processo criativo
Quem trabalha com a criação de ideias novas sabe o quanto um processo criativo pode variar de pessoa para pessoa e, muitas vezes, acaba parecendo confuso para quem não é o autor do que está sendo criado.
Se essa concepção envolve muitos indivíduos, como em uma reunião de brainstorming, as ideias soltas de cada participante acabam se tornando um emaranhado difícil de ser compreendido.
Por outro lado, ao optar por usar a facilitação gráfica como uma espécie de apoio nesse processo de criação, cada insights fica registrado e é conectado ao outro, dando forma ao que se está concebendo.
Ilustrando materiais explicativos
Provavelmente, você já deve ter visto por aí os vídeos feitos em animação conhecidos como draw my life. Neles, o processo de facilitação gráfica é utilizado de modo bem criativo para contar uma história, conectando fatos e mostrando suas consequências. Esse recurso é bem comum na apresentação de cases de sucesso, por exemplo, que contam como uma ideia impactou uma empresa, família, pessoa, lugar, ou, até mesmo, o mundo.
Esse mesmo tipo de esquema visual também pode ser feito de modo estático, em materiais impressos, mesmo fora do contexto de reuniões ou apresentações — para demonstrar dados de forma visual, explicar processos e servir como material de apoio ou de consulta em aulas, treinamentos ou na apresentação de produtos e serviços.
Agilizando o processo de assimilação
Em todas as formas de utilização da facilitação gráfica que vimos até aqui, todas tem um ponto em comum: a melhor assimilação de temas e ideias expostas. Mas além dos conteúdos serem mais bem compreendidos e absorvidos, isso também acontece de um modo mais rápido, já que basta olhar o todo da imagem para que entender o que está sendo transmitido.
O que não significa, necessariamente, que não haja um maior detalhamento da informação. Assim como nos mapas mentais, na facilitação gráfica também possível esmiuçar isoladamente cada um dos pontos conectados, sem, no entanto, perder a continuidade ou prejudicar a visão holística.
Como você pode ver, por ajudar muito no processo de criação, exposição, assimilação e memorização de ideias, a facilitação gráfica pode ser utilizada nos mais diversos contextos e ambientes, como em escolas, universidades, cursos e treinamentos corporativos e empresas de, praticamente, todos os segmentos.
Em ambientes criativos, como agências de marketing, publicidade e design, a facilitação gráfica traz grandes benefícios para toda a equipe. Além disso, sua implementação é relativamente simples nesses locais que, normalmente, contam com profissionais que têm habilidades para desenhar.
Usar a facilitação gráfica durante reuniões de brainstorm, ou até mesmo, na apresentação de projetos para o cliente, certamente trará bons resultados para a sua agência, tornando suas ideias mais claras e mais fáceis de serem memorizadas.
E então, o que achou do método? Comente as suas dúvidas e opiniões sobre o assunto. Ficaremos felizes em trocar ideias com você!