Tipos de papéis que todo profissional gráfico deve conhecer
O trabalho do designer gráfico não termina depois que a parte gráfica está concluída. Se for responsável por fazer a venda e entregar a peça pronta, a tarefa de escolher os tipos de papéis que vão suportar o design do projeto também é uma responsabilidade sua.
Já pensou no tanto que essa escolha influencia o seu trabalho? Acertar nessa hora significa adequar e valorizar a arte que você concebeu. Para ajudá-lo, listamos 19 tipos de papéis, entre os especiais e os mais comuns na indústria, e mostramos a melhor forma de usá-los. Confira o tipo de papel usado na indústria gráfica a seguir!
19 tipos de papéis que todo profissional gráfico deve conhecer
1. Offset
Esse papel é o mais utilizado para impressões em geral, por isso, é muito conhecido popularmente como “papel comum”. Ele é branco e fosco, tem textura lisa e possui uma gramatura entre 56 g/m² e 300 g/m².
Use essa alternativa, principalmente, para o miolo de livros e em peças que serão utilizadas para escrita, como o papel timbrado e os blocos de notas.
2. Jornal
Esse tipo de papel se popularizou, como o nome indica, pelo seu uso em jornais. É uma opção fina e pouco resistente, mas barata e ideal para tiragens muito grandes. Normalmente, é indicado para impressões de vários textos e algumas imagens.
Você pode aplicá-lo também em revistas e, caso esteja inspirado, misturar sua aplicação com gramaturas maiores para criar peças de design diferenciadas.
3. Couché
Se o offset é muito lembrado para o uso geral, o couché é a principal escolha para peças de design, principalmente cartões de visita, flyers e folders. A palavra couché é de origem francesa, que significa “camada”, por conta de uma película de acabamento que deixa a sua superfície mais lisa.
Evite seu uso para textos extensos, mas abuse das cores na hora de imprimir em couché. Existe uma gama enorme de gramaturas e opções com camada brilhante ou fosca — tudo para a melhor apresentação possível do seu trabalho.
4. Papel revista
Por falar em publicações e periódicos, o papel revista merece destaque. Na verdade, trata-se de um couché com gramatura menor.
Ele é um material mais fino e com maior facilidade de manuseio. Além disso, ele recebe bem textos, figuras e imagens, que são impressos com vivacidade. Trata-se de uma opção intermediária que pode elevar a qualidade do seu projeto.
5. Duplex
O papel duplex é um material que tem na sua composição duas camadas: uma lisa e acetinada e outra sem branqueamento. É resistente e, geralmente, permite a impressão em apenas um dos lados.
Ele é ideal para a impressão de embalagens e caixas por ter uma estrutura resistente e boa qualidade de cores.
6. Cartão
O papel cartão é um tipo de duplex, pois apresenta duas faces. Uma delas é lisa e recebe bem cores e impressão. Já a outra tem uma gramatura maior, o que lhe confere bastante resistência e durabilidade.
O próprio nome já indica que seu uso principal é na elaboração de cartões de visitas, mas você também pode buscar novas formas de divulgar os serviços ou produtos. Normalmente, varia de 150 g/m² a 240 g/m².
7. Reciclato
O reciclato é um papel obtido por meio da reciclagem do offset. Por sua natureza, ele tem cores e texturas únicas, o que valoriza o design das suas peças.
Há várias opções de gramaturas diferentes, e ele pode ser usado em qualquer peça. Apenas tenha cuidado para não misturar conceitos e tornar a mensagem do seu design confusa.
8. Kraft
O papel kraft é um dos tipos de papéis não branqueados e caracteriza-se por sua tonalidade amarronzada, que lembra o papelão. É versátil para a produção de embalagens, sacolas e envelopes e pode valorizar um produto se for utilizado da forma correta.
Por ter uma cor característica, evite usar muitos tons no design a ser impresso nele. O ideal é adequá-los para que eles se destaquem e não se misturem.
9. Fotográfico
O papel fotográfico, o tipo mais comum para fotografias há décadas, é um couché com uma camada extra de polietileno que faz as cores ficarem especialmente vivas e fiéis à realidade.
Ainda que seu uso em fotos seja óbvio, ele oferece uma característica de impressão que pode tornar uma peça de design muito interessante e atraente caso seja utilizado de forma inteligente.
10. Vergê
Entre os tipos de papéis com textura, o vergê se destaca. Ele é marcado por pequenas linhas paralelas, e sua gramatura vai de 80 g/m² a 180 g/m².
Ele recebe textos muito bem, mas não é tão adequado para imagens, por exemplo. É um tanto mais firme que o sulfite, sem ser grosso demais. Por isso, é indicado para itens que demandam sofisticação, como convites e certificados.
11. Linho
Por falar em luxo, o papel de linho é uma escolha que chama a atenção. Seu nome faz referência à textura, que realmente lembra a de um tecido. Com o acabamento fosco, a sensação de exclusividade é garantida.
Trata-se de uma ótima opção para transmitir uma mensagem diferente, como em um menu com um toque de sofisticação ou no convite para um evento. Varia de 100 g/m² a 200 g/m², em média.
12. Aspen
Ao falar em elementos diferenciados, não dá para deixar de citar o aspen. Essa alternativa é levemente brilhante, com toque acetinado e reflexão perolada. A gramatura vai de 120 g/m² a 240 g/m², o que atende a diversas necessidades.
Esse material varia de acordo com a iluminação e tem um aspecto metálico, o que o torna ideal para composições formais e refinadas. Além dos convites, pode ser usado em artigos de luxo, como tags e elementos personalizados.
13. Vegetal
Com um efeito único, esse é um dos tipos de papéis mais interessantes disponíveis. Ele é feito somente com a fibra de celulose, de modo que dispensa adicionais químicos. Como resultado, ele tem uma leve transparência ao mesmo tempo em que apresenta um toque macio. Sua gramatura, em geral, fica em torno de 180 g/m².
Ele é muito utilizado no acabamento, mas pode dar uma cara nova às suas peças de design. Um catálogo com esse componente, por exemplo, ajuda a aumentar a expectativa de quem está prestes a ver as imagens. Também serve para convites — inclusive, como elemento moderno principal.
14. Pólen
Com uma proposta diferenciada, o papel pólen tem toda uma pegada de sustentabilidade. Ele não utiliza ácidos em sua fabricação, o que dá origem a uma tonalidade off-white. Por causa de suas características, ele reflete menos luz que a versão branca, o que melhora a leitura e a apresentação.
É muito aplicado em editoras de livros, mas também serve para compor cadernos, agendas e blocos de anotação. A gramatura fica entre 80 g/m² e 90 g/m², mas é possível encontrar outras opções.
15. Acetinado
O papel acetinado é um material feito à base de celulose e carga mineral com escala até 15% de cinza, tendo um acabamento supercalandrado. Esse papel é muito utilizado para a impressão tipográfica comercial, mas também pode ser visto na confecção de catálogos, livros, revistas e folhetos.
É utilizado também em embalagens e rotogravuras, quando laminado em outros materiais. No primeiro caso, a revenda é feita para gráficas ou editoras de forma direta, já no segundo, para conversores.
Ademais, o material acetinado tem os tipos 2A e 3A. O acetinado 2A tem, na sua composição, a pasta mecânica, sendo mais comercializado para gráficas com linha d’água. É muito utilizado em livros, e, normalmente, a pasta é branqueada.
Por outro lado, o acetinado 3A é parecido com o material do jornal, mas tem o acabamento supercalandrado. Ele é comercializado para a mesma função que o papel jornal.
O papel B. Fino se origina desse tipo, mas tem cores características, que são verde, rosa, azul, canário e ouro. Ele também tem a mesma função que o acetinado 3A.
16. Aéreo
O papel aéreo é um material feito de celulose com fibras têxteis na composição, sendo o melhor tipo de material com marca d’água, opacidade e alisamento.
O comércio, normalmente, é feito no formato 66 cm x 96 cm, pois é o material específico para correspondências aéreas.
Você pode encontrá-lo também para envelopes de correspondência, com a composição alisada e monolúcida. Nesse último caso, a compra é feita diretamente com os fabricantes.
17. Capa
Esse tipo também é chamado de “Liner”, e sua fabricação é feita, normalmente, com celulose semiquímica misturada com pasta de resíduos agrícolas ou de aparas.
Os melhores são feitos em duplex com uma camada de celulose não branqueada, que pode ser ou não misturada com outros materiais.
Ele é encontrado, normalmente, no formato 170 g/m² x 250 g/m², com as características alisadas ou monolúcidas. A sua comercialização é feita diretamente com fábricas de papelão.
18. Cartão Ag
O cartão Ag é um produto feito a partir da celulose e de aparas, sendo destinado para capa de blocos e comercializado por meio da revenda nas cores cinza, laranja, rosa, verde, azul e canário.
Além disso, ele é muito utilizado para capas de cadernos, então, a revenda é feita principalmente para fábricas de material escolar ou caderneiros.
19. Cristal
O papel cristal tem como principal característica a impermeabilidade e a transferência, produzido pela refinação em celulose branqueada e sendo revendido no formato 50 cm x 70 cm.
O material tem um acabamento supercalandrado e é destinado para embalagens de produtos gordurosos, com muito óleo ou açucarados. Existem, também, algumas opções que são opacificadas, deixando o papel com um aspecto leitoso.
Esses não são os únicos tipos de papéis existentes no mercado, mas são os mais comuns e versáteis para imprimir e mostrar ao mundo suas peças de design da melhor forma possível.
Agora, você conhece o tipo de papel usado na indústria gráfica e as suas inúmeras opções. Entretanto, escolher um material dentro de tantas cores, texturas e gramaturas, por exemplo, pode ser uma tarefa difícil. Por isso, uma dica de como escolher o papel de acordo com o seu material é pensar na qualidade gráfica que você deseja, pois isso é algo decisivo para uma boa impressão!
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